sábado, 18 de agosto de 2012

Indestrutivel

Do tipo de música que me coloca o desafiio de ser uma pessoa melhor e tentar ensinar os outros a ser assim...aquela que fala de vida quando o mundo grita morte... aquela que ensina o sol a brilhar.... alguem inquebravel!



Ele era um homem bondoso em um mundo de ódio
Que pegou todas as coisas que a vida nunca jogou
Como a mais antiga montanha, ele sempre esteve tão alto
Sempre mostrando o que significa ser inquebrável
 

De salário em salário, 3 empregos por dia,
Ele é o refugio para a dor de sua família
No mais frio mundo com o mais quente do coração,
Ele coloca para envergonhar o que você considera difícil

 
Ele é o homem que você não vê no espelho
Enquanto o mundo estava gritando morte,
Ele escolheu uma música diferente para ouvir
Ele é o isso é banda tocando enquanto o navio afunda
A canção da esperança, ele sempre canta

 
Ele ensinou o sol brilhar

 
Agora, por favor ensinar este "filho" para brilhar
Como pode nunca neste mundo quebrar
O seu coração quente neste lugar maldito frígida?
Você é como o rio:
Sempre fluindo e crescendo,
Nunca mudar; reorganizando
Como pode este mundo nunca ter sempre
Sua posição sólida nestes tempos turbulentos?
Você é como a árvore na floresta queimando
Que nunca
foi incendiada
E o que ele me disse foi esta:

"Basta amar o mundo que não vou te amar de volta"

olhar velho em minha vida
Eu não sou nada como você é
dar uma olhada em minha vida
Eu estou tão longe porra
da pessoa que eu aspirar a ser

INQUEBRÁVEL




Grande música, grandes guerreiros.

Eu durmo pronto pra guerra e eu não era assim
Eu tenho ódio e sei que é mal pra mim!
Fazer o que se é assim,  vida loka cabulosa
Cheiro é de polvora e eu prefiro rosas!



domingo, 12 de agosto de 2012

Lindo, lindo...

Da lista de coisas que eu não posso divulgar, caso contrário vem nego encher o saco.
Mas ai, essa musica é foda, na voz do mestre Alton Ellis ficou ainda mais linda.
Amadoro amar...


Ninguém mais pode me fazer sentir
As cores que você traz
Fique comigo, enquanto nós nos tornamos velhos

E vamos viver cada dia na primavera
Porque amar você fez minha vida tão bonita
E a cada dia minha vida está cheia de te amar


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Dor de cabeça desnecessária

Tipico bagulho escroto que eu compartilho aqui só pra mim, porque essa porra fora pode dar dor de cabeça desnecessária.
Acaba me fazendo pensar, quantas vezes é melhor calar pra evitar problema. Você faz a relação "custo - beneficio", pesa na balança e vê o que vale e o que não vale comentar.







Mas ai, bem que é verdade. hahahahha.


sábado, 28 de julho de 2012

Ao fim do dia cheguei a duas conclusões importantes.

1 - Capitão América é o melhor filme da Série dos Vingadores por diversos motivos, entre eles a) o contexto de segunda guerra mundial, b) os combates com características de guerra de guerrilha, c) o fracote que ficou fodão!

2 - As coroa pira!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A incapacidade de fazer coisas que desgosto está me mandando pro estágio semi virgem.
O pior é que estou preferindo esse estágio a ter que fazer certas coisas como muitos amigos que depois se perguntam: "o que a gente não faz pra trepar!?"

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A cara do meu ultimo e traumatizante namoro.

Meu mundo girava e o seu controlava
O que havia de errado no meu
Eu desci as escadas, as velhas escadas
Sem medo de olhar o que eu deixei pra trás
Eu continuo do mesmo lado
E não vou mudar minha opinião


Tênis furados e alguns trocados
Relógio quebrado e poluição

Eu senti em minha volta a dor da derrota
Quem foi que escolheu


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Como não amar essa letra que fala da relação com o seu bicho?

me levantaras como todas las mañanas, te recostaras en los pies de mi cama, desayunaré contigo en mi falda, saidremos hoy de paseo por la plaza/ se que lo harás por mi, se que lo harás por ti/ hoy no esta bien me dijo el veterinario/ la vejez e la muerte son cosas inevitables/ pero por favor shaggy no me dejes hoy/ shaggy mi querido amigo en peligro

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Na volta dos VINGADORES, no cambão, vim pensando sobre o amor e cheguei a seguinte conclusão:

Afeto é a capacidade que algumas pessoas tem de se preocupar com a vida de algumas pessoas ao ponto de se incomodar com a dor do outro, ficar feliz com a vitória alheia e coisas do tipo.

Amor é o afeto elevado a quinta potência.É a propriedade que algumas pessoas tem de se preocupar com a vida de uma pessoa ao ponto de não só sentir a dor do outro e ficar feliz com a vitória do outro, mas a capacidade de querer saber os mínimos detalhes sobre o dia a dia de uma determinada pessoa, de querer interferir positivamente(as vezes sem querer não é positivamente) e formular teorias mirabolantes para que os problemas sejam superados.

Mas não só isso, é a necessidade que você tem de comentar também sobre seu dia e de esperar o comportamento acima do seu amor que é quando a relação dá o salto qualitativo de amor para companheirismo, cinco vezes acima da mera relação de amor.

terça-feira, 29 de maio de 2012

A distancia nos separa, mas....

Esse lance de curtir subculturas já devia ter me deixado acostumado com a distancia dos amigos, mas não dá.

É interessante como tanta gente passa a vida toda na mesma cidade, as vezes no mesmo bairro sem nunca sair seja por não precisar ou por não conseguir($$$$), e a gente consegue se destacar pra tantos buracos e criar laços com tanta gente de tanto canto diferente.


O Abril Pró Rock por exemplo é um escape. Eu vou por causa da musica, é isso que me move, mas o fator de poder encontrar tantos amigos, tanta gente querida, e ser esse o unico momento que eu posso encontra-los no ano, ajuda a me empurrar pra Recife quando necessário.

A mesma coisa acontecia com os Caga Sangue em Brasilia, talvez com menos intensidade ainda com a musica e mais intensidade com os amigos. Amo demais essa cambada de filhos da puta, e muito provavelmente eu sou o que sou pela afirmação ou negação a eles. Mossoró nem se fala. Já me sinto cidadão da cidade cratera e sofro sempre que falo com alguém de lá que está com problemas e eu não posso estar junto pra partilhar a dor.

E por isso hoje dedico esse Ska a todos os meus brothers, do Brasil, aqueles gatos pingados da Venezuela e do Chile, ao meu amor da Alemanha e ao bando de filhos da puta que eu amo nessa porra de pais escroto. Me sinto como esse Ska da República Tcheca. Tão distante fisicamente da Jamaica, unidas pela musica.



Fuja, fuja, fuja, fuja meu menino
Porque você sabe, porque você sabe,
Porque você sabe, isso não é o seu mundo
Se você perdeu a si mesmo, acho que você se perdeu
Você acha que já se perdeu, acho que você se perdeu

Deixá-lo ir, deixá-lo ir, deixá-lo ir Farell para as estrelas
Trata-se, é sobre, é sobre a hora de dizer adeus
Este é o fim rapaz, este é o fim
Este é o fim rapaz, este é o fim

Isso é o que somos, é o que vivemos
Vida em cordas
Isso é o que somos, é o que vivemos
Vida em cordas

Fuja, fuja,
fuja, fuja meu menino
Porque você sabe, porque você sabe,
Porque você sabe, isso não é o seu mundo
Se você perdeu a si mesmo, acho que você se perdeu
Você acha que já se perdeu, acho que você se perdeu

Isso é o que somos, é o que vivemos
Vida em cordas
Isso é o que somos, é o que vivemos
Vida em cordas
Isso é o que somos, é o que vivemos
Vida em cordas
Isso é o que somos, é o que vivemos
Vida em cordas

Onde está todo mundo e eu sou apenas o único
Onde todos os bons velhos tempos
Onde todas as flores foram
Entrega do lado de fora
Nothings deixada em tudo
Tudo foi levado para o coração

segunda-feira, 14 de maio de 2012



Um dos melhores refrões da face da terra cantado em sueco:


Eles não podem ouvir a música
Os policiais não podem ouvir a música
Eles não podem ouvir a música
Os policiais não podem ouvir a música
Eles não podem ouvir a música

sábado, 12 de maio de 2012

Neoliberalismo é pior ainda antes da primeira refeiçao do dia



sem olhar com atenção não dá pra saber
quem é a cavalaria ou quanto açúcar eu devo por
café quente e jornal, e mais mentiras
assim, fracionadas pra te convencer
cruzando os dedos fica tão claro
não dá pra engolir, eu não tenho alivio
quem sabe eu deva tomar mais...
comprar entrada é tão bom
é a política de ser egoísta
dance, se vista, é um novo mundo
fora de alcance, destaque-se, afinal você é especial
como um anuncio de cigarros
deitado na areia limpa
esperando pelo meio-dia estou dividido e
sei o que perdi, mas se ficou
na sua cabeça
que seja meu guia
é preciso ler uma pilha antes de discutir os métodos
trancado em carros, trabalho e prédios
você tá dentro, eles tão dentro
e eu também

terça-feira, 8 de maio de 2012

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.

Há os que têm vocação
para escravo,
mas há os escravos que se revoltam contra a escravidão.

Não ficar de joelhos,

que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem quebradas.

É preciso não ter medo,

é preciso ter a coragem de dizer.

O homem deve ser livre…

O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo,
e pode mesmo existir quando não se é livre.
E no entanto ele é em si mesmo
a expressão mais elevada do que houver de mais livre
em todas as gamas do humano sentimento.

É preciso não ter medo,

é preciso ter a coragem de dizer.


Marighella

domingo, 29 de abril de 2012

Ah a pirataria...

Pra você que tem a flecha do cupido, que sabe que a riqueza é ilusão, que sabe que só quem pode te consolar é seu marujo alegre e bom.



Após uma manhã de verão
Eu cuidadosamente me perdi
Entre as Paredes de Wapping
Onde eu conheci um marinheiro


Conversando com uma jovem
Que parecia sentir dor,
Dizendo, William, quando você for
Tenho medo que você nunca mais retorne.


Meu coração foi atravessado pelo Cupido
Eu desprezo todo o ouro brilhante
Não há nada que pode consolar-me
Só meu marinheiro ousado alegre.


Seu cabelo ele trava em cachos
Seus olhos são negros como carvão
Minha felicidade atende a ele
Onde quer que ele vá.


De Tower Hill a Blackwall
Vou passear, chorar e gemer
Tudo para o meu marinheiro alegre
Até que ele veleje para casa.


Meu coração foi atravessado pelo Cupido
Eu desprezo todo o ouro brilhante
Não há nada que pode consolar-me
Só meu marinheiro ousado alegre.


Meu pai é um comerciante
A verdade que eu agora direi
E na grande Cidade de Londres
Na opulência acaso habitar.


Sua fortuna excede
300.000 de ouro
E ele franze a testa em cima de sua filha
Que ama um corajoso marinheiro.


Um figo de suas riquezas
Sua mercadoria e ouro
O verdadeiro amor tem corrompido meu coração
Dá-me o meu alegre marinheiro.


Meu coração foi atravessado pelo Cupido
Eu desprezo todo o ouro brilhante
Não há nada que pode consolar-me
Só meu marinheiro ousado alegre.


Ele deve retornar em
De um oceano longe
Para meu seio concurso
Vou pressionar meu amuleto alegre.


Meu marinheiro é tão sorridente
Como o mês de maio agradável
E muitas vezes temos vagado
Através da Rodovia Ratcliffe


Muitas florescendo muito
Jovem fizemos eis
Reclinada no peito
De seu ousado marinheiro alegre.


Meu coração foi atravessado pelo Cupido
Eu desprezo todo o ouro brilhante
Não há nada que pode consolar-me
Só meu marinheiro ousado alegre.


Meu nome é Maria
A filha de um comerciante de feira
E eu deixei meus pais
E três mil libras por ano


Venham todos os empregados da feira
Quem quer que você pode ser
Que ama um marinheiro alegre
Que ara o mar revolto


Enquanto o alto na tempestade
De mim a sua ausência lamento
E firmemente orar para chegar o dia
Ele nunca mais irá vagar


Meu coração foi atravessado pelo Cupido
Eu desprezo todo o ouro brilhante
Não há nada que pode consolar-me
Só meu marinheiro ousado alegre.


Meu coração foi atravessado pelo Cupido
Eu desprezo todo o ouro brilhante
Não há nada que pode consolar-me
Só meu marinheiro ousado alegre.

A DONA DAMA


Por Camila Marques (Trabalhadora desempregada)


Ora enigmática, instigante, envolvente...

Que a todos atrai e tornando-se o centro ganha todos os olhares
Não há sujeito que resista ao seu envolvimento nesse instante
Um decifra-me ou devoro-te que a ninguém é possível escapar

Ora confusa, superficial, previsível...

Passa a ser por muitos ignorada só em alguns interesse desperta
Que entre si costumam comentar como sendo a maior das coisas
Somente sua trivial aparência sendo essa então o objeto de cobiça

Ora despudorada, saliente, avassaladora...

Passa a ser senhora e tema de todos os espaços e ambientes
Se a disputam com todos flerta a todos assola e a todos se dá
Quando ainda quem não queira já está envolvido e ligado a ela

Ora invisível, impassível, intocável...

Pudica, dá prazer somente a um aparentando estar numa relação sólida
E com esse se fecha em um embrólio parte beata e total monogâmica
Contudo, o fato é que não há invólucro que consegue ocultar seu furor

Eis que assim sempre te vejo e antevejo: a dona dama:

A LUTA DE CLASSES.

terça-feira, 24 de abril de 2012


How I wish
How I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here

domingo, 8 de abril de 2012

Valeu Robertão

Robertão é demais, sintetiza tudo que um cara malvado como sofre devido aos preconceitos ao estar próximo da amada.


Porque sou aquele amante à moda antiga,
Do tipo que ainda manda flores.
Apesar do velho tênis e da calça desbotada,
Ainda chamo de querida a namorada.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

E a doida, te queixando pergunta:

-Ei, cê curte teatro?
-Não

2 mins de silêncio.

A anta aqui devia ter percebido que ela ia te chamar pra alguma peça, chata, que por mais que o roteiro fosse uma bosta, ficaria 5x melhor em 8mm ou em câmera digital mesmo, mas que seria legal pra dividir um tempo e tals.

Claro que você tinha que responder na lata e deixa-la sem opção para outro encontro.

ANTA!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Injeção de positividade

Uma injeção de positividade pra dormir bem e encarar esse dia pra animar a coroa sempre que necessário.

Se ao meu lado os amigos estão sempre lá. SEMPRE LÁ!
Nossa força fará cada um desses muros cair
Somos um, somos muitos e nunca me sinto só. NUNCA SÓ!
A cidade feroz treme e começa a ruir


Onde muitos caíram, nós vamos perseverar
A vitória é nossa, ainda que os fracos não creiam
Sem temer golpes baixos que tentam nos derrubar
Cada dia nos mostra a queda dos que nos odeiam


Unidos e fortes, irmãos de sangue, FAMÍLIA!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Terrivel periodo

Acho que nunca antes eu ouvi tanto a palavra refluxo como ouvi no meu ultimo relacionamento. Óbvio que o refluxo ao qual a ex se referia era o refluxo físico e não o histórico, período maldito em que vivemos.

Claro também que nem tudo é culpa do período, o trabalho é converter o período de refluxo em afluxo, tal qual uma onda no mar que bate no paredão de concreto, se desfaz, retorna para o fundo e se organiza para uma nova investida contra o paredão, ficando nesse movimento eternamente até o paredão rachar e por fim se quebrar.

A mais de cinco anos estamos no crescimento de lutas(dentro do refluxo óbvio) mas sem formar a onda por um sério problema de organização e direção, e infelizmente isso não vem sendo visualizado por quase ninguém o que deixa o povo refém e faz com que quem lute se desgaste absurdamente.

Mas não, não tem porque temer a luta.

Ela não é o tipo de amante que quando você deita ela abraça e tal qual um chá, te aquece, acalma teus nervos através de um beijo suave de uma boca quente e carnuda.

Muito pelo contrário.

Ela é a amante que não te deixa dormir, que te faz acordar cansado, que te ocupa até nos fins de semana te obrigando a largar todas as atividades que você gosta, te tira das viagens mais legais e estraga os melhores anos da sua vida.

Seus amigos vão perguntar o que se passa, vão te chamar pras coisas mais legais da vida e você não vai poder ir pois tem uma atividade que vai ser um "tiro no escuro", que pode até não acontecer, mas você não pode se dar o direito de perder. E vai chegar o momento que eles pouco a pouco vão esquecendo de você, quando alguém perguntar vão responder tristemente que você "deve estar em alguma reunião".


Mas é o que esse período exige de nós, reorganizar e converter esse refluxo em afluxo enquanto as condições históricas estão postas, porque depois...
bem, ai é outra postagem

sábado, 31 de março de 2012

E é mais uma vez o som que me animou meu 1999 me explicando novamente as mesmas coisas vistas com olhos treze anos mais maduros.


Por que devemos ficar onde não pertencemos?
Por que devemos ficar onde não pertencemos?

Porque lá nunca vai ter espaço suficiente
Então devore o submisso, aprecie o sabor
Sempre será uma delicatesse
Lamba seus lábios e devore o submisso

Por que devemos ficar onde não pertencemos?
Por que devemos ficar onde não pertencemos, onde não pertencemos?

O conglomerado industrial produzindo medo, engarrafado, encoberto
Distribuído perto e longe, vendido a preços módicos
E as pessoas, elas amam isso, elas alimentam isso
Escovam-se com isso, lavam-se com isso, respiram com isso
Injetam isso direto no sangue
Isso parece estar substituindo o amor

Por que devemos ficar onde não pertencemos?
Por que devemos ficar onde não pertencemos, onde não pertencemos?

Por que sempre estará tirando a verdade
Códigos esquecidos, juventude descartada
Você sabe, sempre será haverá a dinastia
Um possui o ar, outro paga pra respirar

Por que devemos ficar onde não pertencemos?
Por que devemos ficar onde não pertencemos?
Por que devemos ficar onde não pertencemos?
Por que devemos ficar onde não pertencemos, onde não pertencemos?

sábado, 24 de março de 2012

Definitivamente o Haroldo é um bicho foda.




O conhecimento só te paralisa quando não se tem um plano, um objetivo, um método.
Quando essa demanda já está suprida, o "saber" só complementa e fundamenta o seu plano, e ai é arregaçar as mangas e trabalhar. Só então você vai saber se o saber vai funcionar na prática ou não.

Enfim, a teoria só pode ser testada na prática.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Se encontrando na arte

Eu me identifico demais com esse filho da puta, não só porque assim como o Peréio, eu definitivamente não sei lidar com elogios, mas por muitas outras coisas, tantas coisas....


Eu nunca sei quando as estórias acabam. Por isso sempre fico preso entre uma e outra, ou entre nenhuma e nenhuma outra; entre um recomeço sem fim e um fim sem termino.
Talvez por ser mais espectador, ou coadjuvante do que protagonista da minha vida, tenha essa enfermidade de não dar conta de quando baixa o pano.
As luzes apagam, o público sai, os colegas limpam a maquiagem e eu continuo lá: Com a fala na cabeça, o texto decorado, aguardando a deixa.
A deixa que nunca vem.
Sempre tive medo das coisas e das pessoas. Um pavor e uma falta de fé.
Talvez por isso eu tenha criado minha própria companhia teatral, onde sou diretor; contra-regra; atores e público.
Eu enceno só para mim uma tragicomédia.
A realidade me faz tão mal e me deixa tão fraco que fico, no fundo do palco, muitas vezes, a sussurrar o texto a mim mesmo.
Às vezes não ouço.
Quase sempre não ouço, porque sussurro baixo e minha voz é trêmula...
O público não entende a peça, logo, não aplaude.
Eu, furioso, demito a todos: ao autor; ao diretor; aos atores...
Expulso o público do teatro e ateio fogo a tudo.
E ali dentro fico eu, junto às cortinas e aos holofotes, incandescentes; queimando, queimando, queimando... 


Alejandro da Costa Carriles

quarta-feira, 14 de março de 2012

Acho que essa letra, contempla melhor o que tentei explicar no post anterior, ou pelo menos uma parte.

É incrivel como o hardcore fala sobre tudo o que sinto, em poucos minutos, ou segundos (como o caso do napalm).




Não sou um bom jogador
Não sei dizer frases feitas
Nada parece ser como é
Posterga-se toda dor


Faça-se a razão
Deixo tudo em suas mãos
Tudo que pensei por ontem
Hoje não mais tentar


Crê na vida de bons cidadãos
Ruas iluminadas roupas limpas
Nada parece ser como é
Onde há muros há o que esconder


Faça-se a razão
Embaixo dos olhos da escravidão
Não repita o que fez ontem
Hoje não mais duvidar


Sofrer por você
Viver lutar
De joelhos hesitar
Por não te desejar


Passos largos em direção
Desejos por trás de desejos
Sem te ter amor


Por todas as contas, por todos os objetos
Essa é a tendencia, isso é viver
Por mais coêrencia, mais acertos, muito mais alvos
Muito mais cor


Sofrer por você
Viver lutar
De joelhos hesitar
Por não te desejar


Passos largos em direção
Desejos por trás de desejos
Por tanto te odiar

E por isso cantar
Por isso trabalhar, por isso roubar


Por mais forte que seja
Você está aqui, dinheiro.

terça-feira, 13 de março de 2012

Ah a paixão...

Mesmo sendo o som mais rápido do mundo (2 segundos) ainda assim me faz refletir muito sobre as razões mais pífias que as pessoas inventam pra se lamentar da vida, da existência enquanto tem tanta desgraça no mundo mesclada com alegria.

No final das contas é muita baboseira criada por nós mesmos como problemas familiares, amor perdido, essas coisas que são apenas complementares à vida.

O mundo é muito foda (no sentido extremamente positivo), o sol nasce todo dia e enquanto não cobrarem pra termos acesso a ele, ele nasce para todos(menos pro pessoal da Islândia que só tem ele 9 meses no ano) depois vem a lua e as estrelas, e depois o sol novamente (sinta que escrevo isso como se falasse com uma intensidade absurda perceptível pela forma como contraio os músculos do rosto, abro os braços como uma galinha e fecho os punhos contraindo os músculos do braço), ainda tem os mares, os lagos, as cachoeiras. 

As vezes imagino que o pessoal das grandes cidades ficam com essas "doenças" por falta de contato com o mundo natural, mas nem é só isso, é uma questão de perspectiva de vida mesmo, da vida individual, pequena, mesquinha sabe. Esse é o problema desse pessoal que no final das contas acaba se matando.

Pode parecer meio duro, mas tem mais que se matar mesmo, livrar a gente dos seus problemas tão pequenos diante da grandeza do universo antes que eles nos contaminem, sabe.

Oportunidades de emprego, educação, saúde, isso sim são problemas, mas que juntos podemos resolver como já dizia o X-Acto "cause when we are together
We own the sky".

O nossos problemas é união, unidade e estratégia. Já dizia o véi barbudo que todas as responsabilidades, as besteiras da vida material perdem a razão, ficam desinteressantes quando estamos juntos e em luta, e só isso pode resolver de uma vez por todas os problemas das mentes insanas que existem por ai e teimam em buscar interesse na vida em festas vazias com gente vazia, no fundo de uma garrafa, ou na próxima droga do momento. Por sinal essa é uma saída individual, liberal, portanto bem burguesa.

Já eu prefiro estar apaixonado, nessa relação de amor pela vida e pelas oportunidades que ela nos dá, de viajar, de conhecer outros locais, outras pessoas, outras lutas, novas estratégias. É nisso que eu  decidi viver, é assim que quero morrer.


Já dizia o Napalm: 
Você sofre
Mas por quê?

 

domingo, 11 de março de 2012

Lutou, batalhou, sangrou, mas não foi dessa vez. Tem que arrumar essa finalização.



Salve, Salve FAC
É o time dos maiorais
E é FERROVIÁRIO ATLÉTICO CLUBE
O dono das iniciais

Somos companheiros inseparáveis

Na alegria e na tristeza
Com esse vermelho, preto e branco
Que traz o símbolo da beleza Vamos marchar para a luta
Continuar nossa jornada
Não enxergamos sacrifício
Enfrentamos qualquer parada

O FERRÃO foi e será

O MAIOR DO CEARÁ!

sábado, 10 de março de 2012

Em clima de carnaval tardio:




E a Beth Carvalho mais uma vez cantando o sentimento no coração do nosso povão:

Chora!
Não vou ligar
Não vou ligar
Chegou a hora
Vais me pagar
Pode chorar
Pode chorar
Mas chora!


Chora!
Não vou ligar
Não vou ligar
Chegou a hora
Vais me pagar
Pode chorar
Pode chorar


É, o teu castigo
Brigou comigo
Sem ter porquê
Eu vou festejar
Vou festejar
O teu sofrer
O teu penar


Você pagou com traição
A quem sempre
Lhe deu a mão


Mas chora!
Não vou ligar
Chegou a hora
Vais me pagar
Pode chorar


É, o teu castigo
Brigou comigo
Sem ter porquê
Eu vou festejar
Vou festejar
O teu sofrer
O teu penar


Você pagou com traição
A quem sempre
Lhe deu a mão

Você pagou com traição
A quem sempre
Lhe deu a mão


Laraiá Laraiá
Lá Laiá Laiá
Laiá Laiá
Laiá Laiá


Eu vou festejar
Vou festejar
O teu sofrer
O teu penar


Você pagou com traição
A quem sempre
Lhe deu a mão

Você pagou com traição
A quem sempre
Lhe deu a mão

sexta-feira, 2 de março de 2012

Demais

 
Olá escuridão, minha velha amiga
Vim conversar com você de novo
Porque uma visão um pouco arrepiante
Deixou sementes enquanto eu dormia
E a visão que foi plantada em meu cérebro
Ainda permanece dentro do som do silêncio

Em sonhos agitados eu caminho só
Em ruas estreitas de paralelepípedos
Sob a luz das lampadas da rua
Levantei minha lapela para me proteger do frio e umidade

Quando meus olhos foram apunhalados
Pelo brilho de uma luz de néon
Que rachou a noite
E tocou o som do silêncio

E na luz nua eu vi
Dez mil pessoas, talvez mais
Pessoas conversando sem falar
Pessoas ouvindo sem escutar

Pessoas escrevendo canções
Que vozes jamais compartilharam
E ninguém ousava
Perturbar o som do silêncio

"Tolos," eu disse, "vocês não sabem"
O silêncio é como um câncer que cresce
Ouçam as palavras que eu possa lhes ensinar
Tomem os braços que eu possa lhes estender"
Mas minhas palavras caíam como gotas silenciosas de chuva
E ecoavam no poço do silêncio

E as pessoas curvavam-se e rezavam
Ao Deus de néon que elas criaram
E o sinal faiscou o seu aviso
Nas palavras que estava formando

E o sinal dizia,
"As palavras dos profetas
Estão escritas nas paredes do metrô
E nos corredores das casas"
E sussurravam no som do silêncio


-Firmeza total, mais um ano se passando
Graças a Deus a gente tá com saúde aí moro?
Muita coletividade na quebrada, dinheiro no bolso
Sem miséria, e é nóis...
Vamos brindar o dia de hoje
Que o amanhã só pertence a Deus, a vida é loka.
Deixa eu fala, pocê,
Tudo, tudo, tudo vai, tudo é fase irmão,
Logo mais vamo arrebentar no mundão,
De cordão de elite, 18 quilates,
Poê no pulso, logo Breitling,
Que tal? tá bom?
De lupa Bausch & Lomb, bombeta branco e vinho,
Champagne para o ar, que é pra abrir nossos caminhos,
Pobre é o diabo, eu odeio a ostentação,
Pode rir, ri mais não desacredita não.
É só questão de tempo, o fim do sofrimento,
Um brinde pros guerreiro, zé polvinho eu lamento,
Vermes que só faz peso na terra.
Tira o zóio.
Tira o zóio, vê se me erra,
Eu durmo pronto pra guerra,
E eu não era assim, eu tenho ódio,
E sei que é mau pra mim,
Fazer o que se é assim,
Vida loka cabulosa,
O cheiro é de pólvora,
E eu prefiro rosas.
E eu que...e eu que...
Sempre quiz com um lugar,
Gramado e limpo, assim, verde como o mar,
Cercas brancas, uma seringueira com balança,
Disbicando pipa, cercado de criança...
How...how Brown
Acorda sangue bom,
Aqui é capão redondo, tru
Não pokemon,
Zona sul é o invés, é stress concentrado,
Um coração ferido, por metro quadrado...
Quanto, mais tempo eu vou resistir,
Pior que eu já vi meu lado bom na U.T.I,
Meu anjo do perdão foi bom,
Mas tá fraco,
Culpa dos imundo, do espírito opaco.
Eu queria ter, pra testar e vê,
Um malote, com glória, fama,
Embrulhado em pacote,
Se é isso que cêis quer,
Vem pegar.
Jogar num rio de merda e ver vários pular,
Dinheiro é foda,
Na mão de favelado, é mó guela,
Na crise, vários pedra, 90 esfarela.
Eu vou jogar pra ganha,
O meu money, vai e vem,
Porém, quem tem, tem,
Não cresço o zóio em ninguém,
O que tiver que ser,
Será meu,
Tá escrito nas estrelas,
Vai reclamar com Deus.
Imagina nóis de Audi,
Ou de citröen,
Indo aqui, indo ali,
Só pam,
De vai e vem,
No Capão, no Apurá, vô colar,
Na pedreira do São Bento,
Na fundão, no pião,
Sexta-feira.
De teto solar,
O luar representa,
Ouvindo Cassiano,
Ha.
Os gambé não güenta.
Mais se não der,
Nêgo,
O que é que tem,
O importante é nós aqui,
Junto ano que vem,
O caminho,
Da felicidade ainda existe,
É uma trilha estreita,
Em meio a selva triste.
Quanto cê paga,
Pra vê sua mãe agora,
E nunca mais ver seu pivete,
Ir embora,
Dá a casa, dá o carro,
Uma glock, e uma fal,
Sobe cego de joelho,
Mil e cem degraus.
Quente é mil grau,
O que o guerreiro diz,
O promotor é só um homem,
Deus é o juiz.
Enquanto Zé Polvinho,
Apedrejava a cruz,
E o canalha, fardado,
Cuspiu em Jesus.
Oh...
Aos 45 do segundo arrependido,
Salvo e perdoado,
É Dimas o bandido.
É loko o bagulho,
Arrepia na hora
Oh
Dimas, primeiro vida loka da história.
Eu digo.
Glória...glória...
Sei que Deus tá aqui.
E só quem é,
Só quem é vai sentir.
E meus guerreiro de fé,
Quero ouvir....quero ouvir...
E meus guerreiro de fé,
Quero ouvir...irmão...
Programado pra morre nós é,
Certo é...certo...é crê no que der...
Firmeza
Não é questão de luxo,
Não é questão de cor,
É questão que fartura,
Alega o sofredor.
Não é questão de preza, nêgo
A idéia é essa,
Miséria, traz tristeza, e vice-versa,
Inconscientemente,
Vem na minha mente inteira,
a loja de tênis,
O olhar do parceiro feliz,
De poder comprar,
O azul, o vermelho,
O balcão, o espelho,
O estoque, a modelo.
Não importa,
Dinheiro é puta,
E abre as portas,
monte o castelo de areia quem quiser.
Preto e dinheiro,
São palavras rivais,
É,
Então mostra pra esses cú,
Como é que faz.
O seu enterro foi dramático,
Como um blues antigo,
Mas tinha estilo,
Me perdoe, de bandido.
Tempo pra pensar,
Quer parar,
Que cê qué?
Viver pouco como um rei,
Ou muito, como um Zé?
Às vezes eu acho,
Que todo preto como eu,
Só quer um terreno no mato,
Só seu.
Sem luxo, descalço, nadar num riacho,
Sem fome,
Pegando as fruta no cacho.
Aí truta, é o que eu acho,
Quero também,
Mas em São Paulo,
Deus é uma nota de 100,
Vidaloka!!!


"porque o guerreiro de fé nunca gela,
Não agrada o injusto, e não amarela,
O Rei dos reis, foi traído, e sangrou nessa terra,
Mas morrer como um homem é o prêmio da guerra,
Mas Óh,
Conforme for, se precisa, afoga no próprio sangue, assim será,
Nosso espírito é imortal, sangue do meu sangue,
Entre o corte da espada e o perfume da rosa,
Sem menção honrosa, sem massagem."
A vida é loka nêgo,
E nela eu tô de passagem.
À Dimas o primeiro.
Saúde guerreiro!
Dimas... Dimas... Dimas...

quinta-feira, 1 de março de 2012

Uma ode à luta de classes

A vida parece um teatro, um teatro em que o roteiro é construído por quem participa mais intervindo menos. Esse roteiro, feito por pessoas e somente por isso está fadado ao fracasso, à vitória. O erro de um gera o erro do outro, e por consequência o seu acerto.

Ao fim do primeiro ato vem uma pausa para a plateia respirar, fumar um cigarro, mas especialmente para os atores se prepararem para o novo desenrolar da história, para os trabalhadores manuais prepararem o novo cenário, tudo as escondidas da plateia que não pode espiar sob o risco de estragar a encenação.

E então começa uma nova etapa, que pode ser uma continuidade ou uma ruptura com o ato anterior, ou até uma continuidade disfarçada de ruptura mas nunca uma ruptura disfarçada de continuidade, pois quem rompe precisa mostrar aos quatro ventos, aos sete mares, a todas as sereias e monstros marinhos, a todos os elementos da natureza que houve o racha, o apartamento, o corte do cordão umbilical, a liberação, entre outros substantivos que quem escreve gosta de usar e eu tampouco dado ao meu linguajar chulo.

No entanto ao fim do terceiro, naquela pausa em que os atores vão comer, tomar uma água pois estão desidratados de tanto cantarem ou trocarem de roupa,  é inevitável não olhar e analisar o primeiro ato. O que foi que ocorreu? Como as coisas se deram? Porque aconteceu isso ou aquilo? Porque aquele primeiro ato terminou tão mal?

O segundo ato acaba perdendo a importância no decorrer da peça pois já foi a ruptura sendo portanto apenas a continuidade do fim, as escolhas óbvias serão tomadas pois, afinal, somos humanos e completamente previsíveis.

Já o terceiro ato é o perigoso, pois é a consolidação ou negação da ruptura do primeiro ato e é nesse em que nos encontramos já que aquela cena iniciada no final do primeiro semestre e que durou até o inicio do segundo semestre de 2011 apresentou suas limitações e consequências para nós, nos deixou no estágio de letargia do segundo ato, das consequências óbvias, de cada um cuidar um pouco de si, da sua vida, ainda que por vezes nos peguemos pensando constantemente um no outro, que entremos em contato com os velhos aliados para ouvirmos de cada um os erros cometidos, as possibilidades que tivemos e não aproveitamos.

E eu que não sonhava, hoje sonho com você, por uma simples razão: você não sai da minha cabeça. Também alimento na medida em que fico lhe estudando, lhe analisando e por vezes me pego lhe respirando, sentindo, te transformando em nada, em tudo para não errar neste terceiro ato e me misturar à peça forçando um retorno eterno ao primeiro ato, momento em que tudo estava a flor da pele, momento em que nós desejávamos tomar o céu de assalto e que isso era de fato possível. Por vezes podíamos sentir a umidade das nuvens na ponta dos dedos, ao nosso alcance e ainda ele continua ali, tão próximo para quem a conhece, mesmo que por idealizações, e ao mesmo tempo tão distante. Milhares de vezes fomos empurrados e uma hora a "escadinha" feita na nossa cacunda ia ter que cair inviabilizando o toque.

Estamos agora nesse estágio em que devemos construir o retorno ao primeiro ato, momento em que tudo era sincero, em que tudo era possível, ou abandonar de vez o teatro, seja como espectador, seja como ator.
Eu já fiz minha escolha, sempre retornar ao primeiro ato.

"Humano, demasiadamente humano", e com todo orgulho porque definitivamente entendi o véio barbudo e seu amor por essa raça, a raça humana e sua capacidade de transformar e se transformar. E afinal, como não ama-la não é?

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Incrivel como tem um cara que escreve tudo que sinto.



Você deve estar se perguntando como
O garoto da porta ao lado saiu
Tome cuidado
Mas não olhe fixamente
Porque ele ainda está lá
Lamentando:
"Policial feminina, policial, mulheres bobas,
Tributaristas - prostitutas de uniforme
Eles, que querem te magoar,
Trabalham dentro da lei
Este mundo está cheio
Completamente cheio de gente muito chata
E eu devo ser um
Porque nunca ninguém se vira para mim e diz
'Me tome em seus braços
Me tome em seus braços
E me ame'

Você deve estar se perguntando como
O garoto da porta ao lado desapareceu
Tome cuidado
E faça uma prece
Porque ele ainda está lá
Lamentando:
"Policial feminina, policial, mulheres bobas,
Tributaristas - prostitutos de uniforme
Criminosos com estudo
Trabalham dentro da lei
Este mundo está cheio
Oh oh,
Completamente cheio
de gente muito gente muito chata
E eu devo ser um
Porque nunca ninguém se vira para mim e diz
'Me tome em seus braços
Me tome em seus braços
E me ame e me ame...'

O que realmente existe
Por trás das restrições da minha mente?
Poderia ser o mar?
Com o Destino me ultrajando de volta?
Não, são apenas mais pop stars de boca fechada
Mais substanciosos que merda de porco
Nada a transmitir
Eles têm tanto medo de mostrar inteligência
Isso poderia embaçar suas adoráveis carreiras

Este mundo
Eu estou assustado
É projetado para gente muito chata
Eu não sou um
Eu não sou um
Você não entende
Você não entende
E ainda assim você pode
Me tomar em seus braços e me amar
Me amar
E me amar

Me tome em seus braços e me ame
Me ame, me ame
Me tome em seus braços e me ame
Me tome em seus braços e me ame
Você faria
Você faria
O que você gostaria?
Oh oh oh oh oh

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Então chegamos a 95 e "84" ainda está para vir,
O tempo passa, a tensão aumenta,
A Babilónia vai cair! 


Já está escuro,
Mas o sol ainda não se pôs.
Sei que não vamos descansar,
Enquanto o sol não brilhar!


Bem vindos à nova ordem mundial do racismo
E fascismo camuflado, dos fins que justificam
Os meios onde só um lado é revelado.
Quando vejo o caminho que estamos a seguir,
Quando vejo os jovens começar a lutar,
Quando vejo alguns começar a agir:
Só posso sorrir, não posso evitar.


Já está escuro, mas o sol ainda não se pôs.
Sei que não vamos descansar,
Enquanto o sol não brilhar!


Há sempre uma chama que nunca se apaga em ti
Para o sol brilhar! 

E atrás das grades pagam o preço da luta por um mundo melhor
Para ver o sol a brilhar!


Já esta escuro, mas o sol ainda não se pôs.
Sei que não vamos descansar,
Enquanto o sol não brilhar!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A mais de dez anos que é a mesma lenga lenga nesse primeiro trimestre. Um pouco de tristeza, umas gotas de depressão, musica que anima esse tipo de sentimento e pronto, fodi meu primeiro semestre sentindo pena de mim mesmo e outras besteiras.
Mas esse ano foi diferente já que esse é o primeiro que eu passo o primeiro trimestre não depressivo, na verdade, completamente positivo. A vida é muito foda, mas tem que ter força, disposição, porque é só uma e não dá tempo pra errar e eu tenho que fazer isso realmente certo.
A vida é dura, e quem não aguenta o tranco tem que pedir pra cagar e sair pra não atrasar a vida alheia.



E se eu disesse, que sou um acidente esperando pra acontecer
Eu tropeçaria, cairia em minhas palavras?
E você me diria, se eu estivesse errado?
Minhas palavras estavam fora de lugar, foram para onde eu não pertenço


Pra mim isso é fato, e a ficcção também tem seu lugar
Situações confusas que eu não posso controlar
O coração bate orgulhoso
As vezes ele está na minha mão, e as vezes o deixo lá dentro


E ninguém disse que seria fácil
E não tenho medo de tentar
E com tudo contra mim, terei que lutar
Uma vida, uma chance, preciso acertar!


E não posso deixar o destino ditar o que é melhor pra mim
Tenho que controlar meu proprio futuro, você não entenderia
Você acha que não tem escapatoria mas eu tenho tudo em jogo
Vou provar que você está errado


E ninguém disse que seria fácil
E não tenho medo de tentar
E com tudo contra mim, terei que lutar

Uma vida, uma chance, tenho que fazer isso direito

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Voy a dar un paso al frente para quitar esto que llevo en mi estoy tratando de quemar estas cicatrizes que todavia siguen sangrando vivo colgado de un arbol sembrado entre miedos y mentiras regado con la sangre de mi alma este cancer arranco la sensibilidad llevandome a un invierno eterno aun sigo tratando de encontrar la puerta para salir de este lugar quiero poder volver a sentir todo lo que con mis manos consegui me estoy aferrando a mi ultimo respirar estoy sintiendo que la lluvia no terminara perdido en el centro de estas sombras sentenciado a este infierno culpable de mi propia frustracion sólo puedo esperar, a que todas estas preguntas difíciles desaparezcan pronto otra vez...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Há coisas tão importantes, tão importantes para mim,
E eu me sinto tão triste quando eu vejo,
Que você virar a cabeça longe, e fingir que tudo está ok.
Eu não podia acreditar nos meus olhos quando eu vi você correr e se esconder.
Como eu poderia ter sido tão ingênuo
- Eu queria que você fosse como eu.

Fizemos nossa escolha, seguimos caminhos separados, mas ainda te amo
Você, quando me lembro daqueles dias, quando estávamos juntos,
E nós que iríamos lutar para sempre, juntos ...
Eu acho que você escolheu o melhor para você ...


Agora eu tenho pensamentos duplos qualquer momento eu conhecer alguém novo.
O mesmo preconceito porra, mais uma vez eu esperar muito
De você. eu quero que você nunca mentir, precisam de verdadeiras
Amigos do meu lado.

 
Eu preciso de você ser você mesmo, eu amo você, do jeito que é.
Fizemos nossa escolha, seguimos caminhos separados, mas ainda te amo
Você, quando me lembro daqueles dias, quando estávamos juntos,
E nós que iríamos lutar para sempre, juntos ...
Eu acho que você escolheu o melhor para você ...


Agora eu tenho meus objetivos em vista,
Eu sei que está errado, sabe o que é certo.
E nós vamos fazer o nosso melhor desta vez! Juntos ...

Fizemos nossas escolhas, seguimos caminhos separados,
Mas eu ainda te amo, quando eu lembro daqueles dias,
Quando estamos juntos, e nós pensamos
Gostaríamos de lutar para sempre, juntos ...
Eu acho que você escolheu o melhor para você.

Derrubar essas paredes comigo,
Eu vou alcançar a sua mão, eu vou ajudar você a ver,
não muito mais você pode fazer,
Eu sei que não é fácil, mas eu estou aqui para você.
Eu estarei lá para suportá-lo,
Ajudá-lo e animá-lo.
Eu acredito muito em você e eu não posso estar errado,
Estar errado desta vez ...

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Definitivamente eu não sei lidar com a morte de brothers, e isso ainda vai me foder um dia.


 
Deixe-me falar livre de desprezo
Estrelas como as ervas daninhas crescem não cortado
Eles mentem austero e vão
Velho, ainda como o barro
Corvos mostrar o nosso caminho de casa

A noite era de chuva, um mar caindo
A tensões madrugada enferrujadas ser
Pedras de vapor e obstáculo as brumas que se erguiam
A partir do sol baixo, um brilho solene
O brilho brilhante, o sol está baixo

Você começou um incêndio, você começou um incêndio que você não pode apagar
Você queimou suas pontes, não pode voltar de onde você veio
Visão está caindo, apenas se contorcer e queimar fora de controle
Não adianta fingir, deslizar de volta para o buraco

Você vai arrastar a sua casa abaixo, quando a verdade vem chamando à sua porta
Stare através da maravilha enevoado, a vida das almas dos homens
Seu copo está vazio e você está correndo contra o tempo
Cedendo a sua cabeça, não se atreve a sonhar que vai implodir

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Eu sou tão STRAIGHT quanto a linha que você cheira com o nariz
Eu sou tão duro como a bebida que você lava sua garganta
Eu sou tão mau como a merda que você respira em seus pulmões
E eu vou te foder tão rápido como o comprimido em sua língua

 
STRAIGHT EDGE REVENGE 

Desta vez, você me empurrou para longe demais!
 

Eu sou tão reto quanto a linha que você cheirar o nariz
Eu sou tão duro como a bebida que você lavaduras em sua garganta
Eu sou tão mau como a merda que você respira em seus pulmões
E eu vou te foder tão rápido como o comprimido em sua língua


 STRAIGHT EDGE REVENGE 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Para onde vamos?
O que fizemos?
Tudo o que aprendemos, acaba de ser ignorado.
Viramos cinzas, viramos ferrugem.
Estamos em pé nessas ruínas, e é tudo por causa de nós.
Nós carregamos a arma e nós puxamos o gatilho,
Olhando para amanhã, todos iremos virar pó.
Lost, lost, perdidos em nossas próprias cabeças.
Lost, lost, perdido para nós mesmos.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A ‘engenharia da cooptação’ e os sindicatos no Brasil recente

Ótimo artigo do Ricardo Antunes.
Fonte: http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6822%3Amanchete170212&catid=72%3Aimagens-rolantes

I. A década de ouro

O objetivo deste artigo é compreender por que vem ocorrendo uma relativa desmobilização da sociedade brasileira e, em particular, dos organismos de representação da classe trabalhadora? As respostas são complexas e nos remetem aos ciclos das lutas travadas nas últimas décadas no Brasil.

Poderíamos começar lembrando que, ao longo dos anos 1980, o Brasil esteve à frente das lutas sociais e sindicais, mesmo quando comparado com outros países avançados. A criação do PT em 1980, da CUT em 1983, do MST em 1984, a luta pelas eleições diretas em 1985, a eclosão de quatro greves gerais, a campanha da Constituinte, a promulgação da Constituição em 1988 e, finalmente, as eleições de 1889 são exemplos vivos da força das lutas daquela década. Houve avanços significativos na luta pela autonomia e liberdade dos sindicatos em relação ao Estado, através do combate ao Imposto Sindical, à estrutura confederacional, cupulista, hierarquizada e atrelada, instrumentos que se constituíam em alavancas utilizadas pelo Estado para controlar os sindicatos. Aquela década conformou também um quadro nitidamente favorável para o chamado novo sindicalismo, que caminhava em direção contrária à crise sindical presente em vários países capitalistas avançados.

Entretanto, no final daquela década já começavam a despontar as tendências econômicas, políticas e ideológicas que foram responsáveis pela inserção do sindicalismo brasileiro na onda regressiva, resultado tanto da reestruturação produtiva do capital em curso em escala global como da emergência da pragmática neoliberal, que passaram a exigir mudanças significativas.

A partir de 1990, com a ascensão de Collor e depois com FHC, o receituário neoliberal deslanchou. Nosso parque produtivo estatal foi enormemente alterado pela política privatizante, afetando diretamente a siderurgia, telecomunicações, energia elétrica, setor bancário, dentre outros, o que alterou o tripé que sustentava a economia brasileira (capital nacional, estrangeiro e estatal), redesenhando e internacionalizando ainda mais o capitalismo no Brasil. O setor produtivo estatal era fagocitado ainda mais pelo capital monopolista estrangeiro.

Com um processo tão intenso, a simbiose nefasta entre neoliberalismo e reestruturação produtiva teve repercussões muito profundas na classe trabalhadora e em particular no movimento sindical. Flexibilização, desregulamentação, terceirização, novas formas de gestão da força de trabalho etc. tornaram-se pragas presentes em todas as partes. No apogeu da era da financeirização, do avanço técnico-científico-informacional, do mundo digital onde tempo e espaço se convulsionam, o Brasil vivenciou mutações fortes no mundo do trabalho, alterando sua morfologia, da qual a informalidade, a precarização e o desemprego ampliavam-se intensamente.

Esta nova realidade arrefeceu o novo sindicalismo que se encontrava, de um lado, diante da emergência de um sindicalismo neoliberal, sintonizada com a onda mundial conservadora, de que a Força Sindical é o melhor exemplo. E, de outro, diante da inflexão que vinha ocorrendo no interior da CUT, que cada vez mais se aproximava do sindicalismo social-democrata. A política de “convênios”, “apoios financeiros”, “parcerias” com a social-democracia sindical, especialmente européia, levada a cabo por décadas, acabou contaminando o sindicalismo de classe no Brasil, que pouco a pouco se social-democratizava, num contexto, vale lembrar, onde a social-democracia se aproximava do neoliberalismo.

II. O sucesso do social-liberalismo e o advento do sindicalismo negocial de Estado


Foi neste contexto que Lula sagrou-se vitorioso nas eleições presidenciais em 2002, depois de um período de enorme desertificação social, política e econômica do Brasil, vitória que ocorreu em um contexto internacional e nacional bastante diferente dos anos 1980. A vitória da “esquerda” no Brasil ocorria quando ela estava mais fragilizada, menos respaldada nos pólos centrais que lhe davam capilaridade, como a classe operária industrial, os assalariados médios e os trabalhadores rurais.

Se pudéssemos lembrar Gramsci, diríamos que o transformismo já havia convertido o PT num Partido da Ordem. Quando Lula venceu as eleições, em 2002, ao contrário da potência criadora das lutas sociais dos anos 1980, o cenário era de completa mutação. Ela foi, por isso, uma vitória política tardia. Nem o PT, nem o país eram mais os mesmos. Como já pude dizer anteriormente, o Brasil estava desertificado e o PT havia se desvertebrado.

Quais são as explicações para esse transformismo? Aqui podemos tão somente indicá-las: 1) a proliferação do neoliberalismo na América Latina; 2) o desmoronamento do “socialismo real” e a prevalência equivocada da tese que propugnava a vitória do capitalismo; 3) a social-democratização de parcela substancial da esquerda e sua aproximação à agenda social-liberal, eufemismo usado para “esconder” sua real face neoliberal.

E o PT, partido que se originou no seio das lutas sociais e sindicais, aumentava sua sujeição aos calendários eleitorais, atuando cada vez mais como partido eleitoral e parlamentar, até tornar-se um partido policlassista. Lula passou a cobiçar a confiança das principais frações das classes dominantes, incluindo a burguesia financeira, o setor industrial e o agronegócio. Um exemplo é bastante esclarecedor: quando, ao final do governo FHC, em 2002, houve um acordo de “intenções” com o FMI, este organismo exigiu que os candidatos à presidência manifestassem sua concordância com os termos do referido acordo. O PT de Lula publicou, então, um documento, denominado como a Carta aos Brasileiros, onde evidenciava sua política de subordinação ao FMI e aos setores financeiros internacionais e nacionais.

O resultado de seu governo é conhecido: sua política econômica ampliou a hegemonia dos capitais financeiros; preservou a estrutura fundiária concentrada; deu incentivo aos fundos privados de pensão; determinou a cobrança de impostos aos trabalhadores aposentados, o que significou uma ruptura com parcelas importantes do sindicalismo dos trabalhadores, especialmente públicos, que passaram a fazer forte oposição ao governo Lula.

A sua alteração mais significativa, no segundo mandato, foi uma resposta à crise política aberta com o mensalão, em 2005. Era necessário que o novo governo ampliasse sua base de sustentação, desgastada junto a amplos setores da classe trabalhadora organizada. Foi então que ocorreu uma alteração política importante: o governo ampliou o programa Bolsa-Família, uma política social de perfil claramente assistencialista, ainda que de grande amplitude, que atinge mais de 12 milhões de famílias pobres com renda salarial baixa e que por isso recebiam um complemento salarial. E foi esta política social – assumida como exemplo pelo Banco Mundial – que ampliou significativamente a base social de apoio a Lula, em seu segundo mandado. Ela atingia os setores mais pauperizados e desorganizados da população brasileira, que normalmente dependem das políticas do Estado para sobreviver.

E em comparação ao governo de FHC, a política de aumento do salário mínimo, ainda que responsável por um salário vergonhoso e inconcebível para uma economia do porte da brasileira, significou efetivos ganhos reais em relação ao governo tucano. E, desse modo, o governo Lula “equacionou” as duas pontas da tragédia social no Brasil: remunerou exemplarmente o grande capital financeiro, industrial e o agronegócio e, no outro pólo da pirâmide social, implementou a Bolsa-Família assistencialista e concedeu uma pequena valorização do salário mínimo, sem confrontar, é imperioso dizer, nenhum dos pilares estruturantes da tragédia brasileira.

Quando a crise mundial atingiu duramente os países capitalistas do Norte, em 2007/08, o governo tomou medidas claras no sentido de incentivar a retomada do crescimento econômico, reduzindo impostos do setor automobilístico, eletrodoméstico e da construção civil, todos incorporadores de força de trabalho, expandindo fortemente o mercado interno brasileiro e compensando, desse modo, a retração do mercado externo em suas compras de commodities. O mito redivivo do novo “pai dos pobres” ganhava força.

Mas havia, ainda, outro elemento central na engenharia da cooptação do governo Lula/Dilma: o controle de setores importantes da cúpula sindical, que passava a receber diretamente verbas estatais e, desse modo, garantia o apoio das principais centrais sindicais ao governo (1). Pouco antes de terminar seu governo, Lula tomou uma decisão que ampliou ainda mais o controle estatal sobre os sindicatos, ao permitir que as centrais sindicais também passassem a gozar das vantagens do nefasto Imposto Sindical (2), criado na Ditadura Vargas, ao final dos anos 1930. E, além do referido imposto, elas passaram a receber outras verbas públicas, praticamente eliminando (em tese e de fato) a cotização autônoma de seus associados. Outro passo crucial para a cooptação estava selado.

E, se já não bastasse, centenas de ex-sindicalistas passaram a participar, indicados pelo governo, do conselho de empresas estatais e de ex-estatais, com remunerações polpudas. Portanto, para compreender a cooptação de parcela significativa do movimento sindical brasileiro recente, é preciso compreender esse quadro, do qual aqui pudemos oferecer as principais tendências.

O que nos leva a concluir que, para a retomada de um sindicalismo de classe e de esquerda, há um bom caminho a percorrer. Mas talvez seu primeiro desafio seja criar um pólo sindical, social e político de base que não tenha medo de oferecer ao país um programa de mudanças profundas, capazes de iniciar a desmontagem das causas estruturantes da miséria brasileira e de seus mecanismos de preservação da dominação. E um passo imprescindível neste processo é, desde logo, romper a política de servidão voluntária que empurrou os sindicatos em direção ao Estado.


Notas:

1) O campo sindical do governo é amplo: no centro-esquerda, além da CUT, temos a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), formada pela Corrente Sindical Classista que se desfiliou da CUT em 2007 para criar sua própria central. No centro-direita, temos a Força Sindical, já mencionada, que combinava elementos do neoliberalismo com o velho sindicalismo que se “modernizou”, além de várias pequenas centrais como a CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores), Nova Central, todas dotadas de pequeno nível de representação sindical e de algum modo herdeiras do velho sindicalismo dependente do Estado.

No campo da esquerda sindical anticapitalista, em clara oposição aos governos Lula/Dilma, são importantes a CONLUTAS (Coordenação Nacional de Lutas) e o movimento INTERSINDICAL. A primeira se propõe a organizar não só os sindicatos, mas também os movimentos sociais extra-sindicais, e a segunda (ainda que hoje se encontre dividida) é também oriunda de setores de esquerda que romperam com a CUT, tendo um perfil mais acentuadamente sindical e voltado para a reorganização do sindicalismo pela base, contra a proposta de criação de uma nova Central.

2) Em 2010 foram R$ 84,3 milhões para as centrais: segundo o Ministério do Trabalho, as duas maiores centrais, CUT e Força Sindical, receberam R$ 27,3 milhões e R$ 23,6 milhões, respectivamente - valores que representam 80% do orçamento da Força e 60%, da CUT. Em seguida, os maiores beneficiados foram a União Geral dos Trabalhadores (UGT), com R$ 14 milhões; Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), que embolsou R$ 9,9 milhões; Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), R$ 5,3 milhões; e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), R$ 3,9 milhões.


Ricardo Antunes é professor titular de Sociologia do Trabalho no IFCH/UNICAMP e autor, entre outros livros, de O Continente do Labor (Boitempo) que acaba de ser publicado. Coordena as Coleções Mundo do Trabalho (Boitempo) e Trabalho e Emancipação (Ed. Expressão Popular). Colabora regularmente em revistas estrangeiras e nacionais.

Publicado originalmente no Jornal dos Economistas do Rio de Janeiro, n. 268, novembro de 2011.
 
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